OLHAR PARA UM DIA RUIM
- ferrarolimuniz
- 8 de set.
- 2 min de leitura
Para onde devemos olhar quando temos um dia ruim? Quanto de nós é roubado em um dia não muito propício? Será que é válido esquecermos de todo o resto? Sim, obviamente os problemas precisam ser resolvidos e as angustias observadas (e até mesmo curadas), mas para onde vai o que sobra de nós e do que está em nosso entorno?
Outro dia um amigo bastante querido teve um dia péssimo. Eu encontrei com ele e ele estava completamente abalado... ousaria dizer até mesmo "destruído". É no mínimo interessante pensar o quanto acabamos por nos inferiorizar/menosprezar nos momentos em que a vida nos dá uma rasteira ou nos prega uma peça.
Esse meu amigo é um ser humano admirável, com qualidades e talentos magníficos, não raramente está envolvido em projetos artísticos fantásticos e extremamente relevantes em uma perspectiva social e cultural... ainda assim, naquele dia ele estava se sentindo péssimo e nada relevante.
Foi pensando nisso que eu decidi chamar sua atenção para tudo de incrível que ele estava realizando, para tudo o que ele representava, para todas as pessoas que ele inspirava mesmo sem saber, e obviamente para tudo aquilo que ele é como ser humano.
O ponto é que mesmo nos dias mais complicados e menos favoráveis, nós continuamos sendo nós mesmos... continuamos sendo dignos de amor, afeto e cuidado, continuamos sendo seres humanos incríveis (alguns nem tanto, mas vamos falar de modo geral), continuamos inspirando mesmo sem saber, nossas virtudes continuam sendo nossas... a única coisa que muda é o nosso sentir e a forma como passamos a enxergar as coisas naquele momento.
Ultimamente, quando percebo que estou me afogando na minha rotina, nos problemas ou em mim mesma, tenho feito o exercício de me lembrar de todas as coisas boas que também estão acontecendo, de todas as partes minhas que tanto lutei para conquistar, de tudo que conquistei depois de tanto me esforçar, de cada passo dado mesmo com um medo absurdo de falhar... dessa forma, tenho conseguido aos poucos me desafogar.

Texto e Arte: BRUNA FERRAROLI
@brunaferraroli




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